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Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Delicadíssima história de uma criança em torno da ansiedade por uma resposta de Deus. Retrato de um Portugal recôndito ao tempo da Revolução dos Cravos que nos conta como em lugares pequenos as ideias maiores são relativamente intemporais e o que acontece ignora largamente o tempo exacto do mundo.
O belo livro de estreia de valter hugo mãe é uma fulgurante prova de imaginação e beleza. Entre a profunda ternura e a difícil aprendizagem da vida, cada dia é um esforço para que se prove a existência do milagre de se ser alguém.
Num ambiente rural onde a religião é uma âncora fundamental e a visão do pecado uma pesada herança do Estado Novo, o nosso reino começa como uma aventura terna e cândida, contada por uma criança obcecada pela diferença entre o bem e o mal. Porém, ao estilo de um Tom Sawyer num universo de perversidade, o reino em que vive e a própria narrativa que constrói vão responder de forma imprevisível à sua busca incessante de um momento de beleza e redenção: as personagens fundem-se em vasos comunicantes, metamorfoseiam-se, ganham uma loucura de bichos de muitas patas e várias cabeças, e a morte, arrastada pelo cão dos infernos, alastra por todo o lado. Conseguirá o narrador escapar e transformar- se em borboleta ou anjo libertador? Ou acabará como mártir marginal dessa missa negra e supliciante? Entre uma galeria de personagens misteriosas e inesquecíveis, oscilando entre a loucura e a bondade mais pura e inesperada, o narrador deste primeiro romance de valter hugo mãe tece uma história que é uma absoluta surpresa em forma de ficção plástica para a literatura portuguesa do século XXI. Impossível parar de ler.
DETALHES
Idioma:Português
Dimensões:158 x 240 x 15 mm
Encadernação:Capa dura
Páginas:152
Tipo de produto:Livro
CRÍTICAS DE IMPRENSA
Por mais de um motivo, cultivo uma admiração imensurável pela obra do escritor português Valter Hugo Mãe.
Raduan Nassar
Um modo genial de abordar os credos e os medos das almas sempre em busca da salvação.
Maria Augusta Silva, Diário de Notícias
A narração do autor é quase que um sussurrar de lembranças, o resgatar de um tempo vivido entre o temor e a confiança nos valores divinos. Mas esse falar deixa às vezes de ser sussurro (…) quando a linguagem se torna menos mansa e lógica, para então enfurecer-se, tornar-se deliberadamente incongruente e torna-se alquimia verbal.
Ferreira Gullar, Prefácio
Ou muito me engano (…) ou o romance o nosso reino, de valter hugo mãe, é uma das maravilhas, deste final de ano. (…) É uma fenda no céu. Uma ventania.
Francisco José Viegas
Há uma nova presença importante na ficção portuguesa contemporânea. Falo de valter hugo mãe, que surge agora, numa escrita mágica, suave-cruel, entre paraíso e inferno, com o seu romance o nosso reino.
Urbano Tavares Rodrigues