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Publicado em 1917, Estética da Arte Popular, de Aarão de Lacerda, é um pequeno mas significativo ensaio de teoria e crítica artística, hoje valorizado por colecionadores de livros antigos e por quem se interessa pela arte popular portuguesa. A obra saiu em edição do autor – ilustrado com ex-libris do próprio, no início da obra – e com composição e impressão no Porto pela tipografia da Renascença Portuguesa, integrando o ambiente intelectual que, na época, procurava pensar a identidade cultural do país.
O texto corresponde à transcrição de uma conferência apresentada em Coimbra, no contexto de um concerto do Orfeom de Condeixa (16 de maio de 1917) – uma origem performativa que ajuda a explicar o tom direto e argumentativo do discurso. Nestas páginas, Aarão de Lacerda propõe uma leitura da arte popular como matriz viva: não apenas “artesanato”, mas um território estético com regras próprias, ligado ao carácter, ao território e às variações regionais. Em estudos posteriores que o citam, surge a ideia de uma arte popular entendida como fundamento gerador da arte erudita e como expressão de uma “simplicidade primitiva” (no sentido de primordial).
O autor, Aarão de Lacerda (1890-1947) – professor e ensaísta ligado ao ensino de Estética e História da Arte (nas universidades do Porto e de Coimbra) – é reconhecido como historiador e crítico de arte de grande exigência analítica, com obra relevante no panorama cultural português do século XX.
Este exemplar – brochado, miolo limpo, com o amarelado e desgaste normal de um livro centenário – é perfeito para quem procura uma peça rara de reflexão sobre arte popular, folclore e estética em Portugal.
- Encadernação: capa mole
- Ano: 1917
- Páginas: 81
- Dimensões: 19,5 x 12,5 cm