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Peck analisa de forma brilhante a essência da maldade humana. Com base em casos reais com que deparou na sua prática psiquiátrica, Peck demonstra os danos que estas pessoas, a Gente da Mentira, provocam nas vidas de quem as rodeia.
"Muitos animais matam para proteger o seu território. Mas apenas um humano consegue dirigir uma matança em massa da sua própria espécie para proteger os seus "interesses" numa terra distante em que nunca pôs os pés.
(...) A matança em grupo, organizada e intra-espécie - a guerra - é uma forma de comportamento unicamente humano. Como este comportamento tem caracterizado de forma essencial todas as culturas desde tempos imemoriais, muitos têm sugerido que os seres humanos têm um instinto para a guerra - que o comportamento de guerra é um facto imutável da natureza humana.
(...) Os idealistas são pessoas que acreditam no potencial da natureza humana para a transformação. Já aqui afirmei que o principal atributo da natureza humana é a sua mutabilidade e liberdade em relação ao instinto - que está sempre na nossa mão mudar a nossa natureza. Portanto, são mesmo os idealistas que marcam pontos e os realistas que estão fora de jogo. Qualquer pessoa que argumente que promover a guerra é outra coisa que não uma opção, ignora tanto a realidade do mal, como a evidência da psicologia humana."
Com assinatura de posse.